
Capa do livro
Uma vilã amada e odiada. É que assim que podemos começar a descrever a Rainha Levana, a principal antagonista da série de livros as Crônicas Lunares escritos por Marissa Meyer. Para quem ainda não conhece, essa série é composta por quatro livros Cinder, Scarlet, Cress e Winte, cada um focado numa de suas quatro heroínas inspiradas nas famosas Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e Branca de Neve, tudo com uma roupagem bem moderna e futurística, um conto de fadas Raytec que conquistou leitores por todo o mundo. Com personagens muito bem construídos e possuindo personalidades marcantes, a vilã dessa coleção de livros foi crescendo e chamando a atenção dos leitores, aproveitando-se do sucesso, Marissa resolveu contar a história de Levana e sua acensão ao trono.
Ao iniciar a leitura dessa obra fiquei encantado como a autora conseguiu construir uma vilã tão carismática, por isso que posso dizer que ela é amada pelo público. Neste livro somos apresentados a uma princesa preocupada com sua beleza, uma jovem que sonha, ama e que vive em uma corte deturpada. Logo de cara somos cativados com um capitulo um tanto quanto melancólico, porém, algo que chama atenção é a frieza presente na narrativa desta primeira parte da história, é surpreendente e ao mesmo tempo espantosa a forma como foi narrado o assassinato e o funeral dos pais da princesa e como outros elementos banais acabam ganhando destaque.
Com uma narrativa centrada em sua personagem principal, vamos vivenciando cada um dos acontecimentos que vão levando Levana a se transformar em uma antagonista terrível, cruel e temida por seus súditos e inimigos. Na medida em que nos aprofundamos nos pensamentos de nossa antagonista, podemos observar o quanto eles são contraditórios, frios e calculistas, a sua personalidade vai se transformando diante de nossos olhos e aquele amor do inicio vai se transformando em raiva diante de cada atitude ardilosa. Após se sentir humilhada e desprezada, fará o que o for preciso para ter tudo àquilo que mais deseja, sem se importar com que esteja a sua frente.
A autora produziu uma obra que vai muito além de um simples conto de fadas raytec, ele mergulha e explora a mente humana, suas sensações, seus desejos, suas angustias. O leitor pode ver o lado escuro crescendo e se desenvolvendo e que tudo isso é um processo de escolha presente no seu livre-arbítrio. Este livro é prefeito tanto para os fãs das Crônicas Lunares, pois é possível ver todo o processo de construção da principal antagonista da série, quanto para aqueles que ainda não a conhecem, já que se trata de um tipo de prequel, uma história que se passa antes dos acontecimentos do primeiro livro.
Ficha Técnica
Livro: Levana – A Rainha Mais Bela
Autora: Marissa Meyer
Editora: Rocco
Páginas: 256
Ano de lançamento: 2017
Oi, amado! Que máximo! Agora fiquei super interessado! Eu sou fã de vilões carismáticos! Acho que humaniza a coisa toda… Senso de humor também pressupõe inteligência! Vilões não dotados desta faculdade costumam estar presentes apenas em comédias bobas e desinteressantes! Adorei estar aqui! Gostei bastante da sua resenha detalhista!
Olá!
Já tinha ouvido falar sobre “Crônicas Lunares”, mas não com muito detalhamento. Gosto muito dessas releituras e esse volume me cativou bastante, ainda mais pelo carisma da antagonista. Em algumas obras, prefiro o vilão a ter que aguentar o mocinho(a).
Abraço!
Não conhecia a coleção, mas amei só pelo fato de ter alguma ligação/lembrança dos contos de fadas. Fiquei tentado a ler e pensarei na possibilidade de adquiri-los.
Gostei da sua resenha, você escreve bem.
Abraço.
Eu simplesmente AMO histórias que vai atrás de contar como surgiram os vilões. Em Harry Potter, por exemplo, meu preferido é o Enigma do Príncipe, por contar toda a saga que o Voldemort passou até se tornar o vilão. Eu já conhecia essa série e, apesar de não ter lido nenhum dos livros ainda, percebi pelas resenhas o quanto as personagens da Marissa Meyer são bem construídos. Espero ler em breve 🙂
Adorei a descoberta, achei interessante a fuga de todo o padrão de personagem habitual.